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Seguindo a variabilidade da trajetória de futebolistas ao longo de um jogo condicionado: estudo com recurso ao uPATO

Clemente, F.M.C. ; Sequeiros, J. ; Correia, A. ; Silva, F. ; Martins, F.

Seguindo a variabilidade da trajetória de futebolistas ao longo de um jogo condicionado: estudo com recurso ao uPATO, Proc Congresso Internacional de Jogos Desportivos, Porto, Portugal, Vol. , pp. - , July, 2017.

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Abstract
Introdução: O presente estudo objetivou analisar a variabilidade das trajetórias dos jogadores e o perfil de atividade dos mesmos ao longo de diferentes períodos de um jogo (PJ) condicionado. Métodos: Participaram vinte e dois futebolistas semiprofissionais do quais 10 foram monitorizados com GPS (24,54,7 anos de idade). Um jogo 11 vs. 11 disputado num campo reduzido (5468 m) durante 30 minutos foi implementado. O tamanho do campo foi a única condicionante utilizada sendo que o restante jogo seguiu as regras federativas para a modalidade. Cada jogador utilizou uma unidade GPS (10Hz, Acelerómetro 1kHz, FieldWiz, Suiça). Importaram-se os dados geolocalizados no Ultimate Performance Analysis Tool tendo sido tratados em períodos de 5 minutos. As variáveis de entropia de Kolmogorov (KE) (medida de variabilidade temporal da trajetória), entropia de Shannon (SE) (medida de variação da posição no campo), índice de exploração espacial (SEI) (medida de exploração espacial tendo como referência o ponto médio da posição) e distâncias em diferentes regimes de velocidade, nomeadamente, andar (<1.91 m.s-1), jogging (3,86-1,91 m.s-1), corrida (3,86-5,52 m.s-1) sprint (>5,52 m.s-1), foram obtidas para cada jogador. Executou-se o teste ANOVA de medidas repetidas seguido do post hoc de Bonferroni. Calculou-se, ainda, a dimensão do efeito (ES). Resultados: os PJ tiveram influência nas variáveis de KE (p = 0,36; ES = 0,346), distância a andar (DA) (p = 0,001; ES = 0,565), distância em jogging (DJ) (p = 0,001; ES = 0,605), distância em corrida (DC) (p = 0,001; ES = 0,603), distância em sprint (DS) (p = 0,039; ES = 0,302) e distância total percorrida (DTP) (p = 0,001; ES = 0,830). Não se verificaram diferenças significativas nas variáveis de SE (p = 0,339; ES = 0,109) e SEI (p = 0,298; ES = 0,123). O post-hoc revelou que o período 5-10 minutos obteve valores inferiores de KE (0,17) comparativamente aos subsequentes. Na DTP, verificaram-se valores inferiores no período 0-5 minutos (300,42 m) e superiores no 25-30 min (507,55 m). Conclusões: O presente estudo sugere que em períodos inicias existe uma maior estabilização posicional sendo que, com o decorrer da prática, os jogadores tornam-se mais variáveis na exploração do campo, bem como, aumentam a sua atividade medida pela distância e velocidade. Assim, períodos inicias poderão não ser favoráveis para uma maior participação e intensidade em jogo.